sexta-feira, 23 de julho de 2010

A escola pode dançar.....

Valorizar o que está entre. Valorizar o que está no meio, valorar o que é rizomático. Vou dar algumas dicas, do que esta na escola e no currículo, entre a “ordem do fazer-prensar-refletir” e a “ação de conhecimentos conscientes que se ampliam”, elas são bem pessoais. “Nenhuma preocupação com o ponto de partida ou com o ponto de chegada. O que conta é o que passa no meio. Sempre no meio. Aqui é a morada da diferença.” (Silva, 2003, p. 52).

Em que outros espaços e tempos fazem com que a escola ande num ritmo diferente do ritmo imposto por nós, mestres. O que faz a escola, literalmente, dançar??

Vou dar umas dicas, deixa-se claro, que são apenas dicas. Não de longe tem um ar de receita... Vamos a lista, que é bem pessoal e que passou por minhas observações de corredores, é claro.

O recreio. As conversas paralelas. O “zumzumzum” da segunda-feira. O tesão pela professora e a paixão pelas colegas. O amor doentio pela amiga. Beijar escondido. Roubar um beijo, ganhar um beijo. Ficar se beijando no portão depois das aulas. Todo mundo ver os beijos e os “amassos”. Ficar. Masturbação. Sexo. Brigas: quando bate e quado apanha. As colas das provas. Os corredores longos e frios. Os feriados. Quando a professora falta. Matar aulas. Aulas livres. Pular o muro. Desafiar outras turmas. Enfrentar os professores. Mais conversas. Idas aos banheiros. Se esconder do diretor. Roubar merenda. Idas ao bebedouro. O lanche. Se atrasar. Sair mais cedo. As amigas. Os bilhetes. As amigas. Os esconderijos. Rir e dar gargalhadas. As viagens de turma. As humilhações por ser ou estar diferente. As “trovas. As conquistas. Os choros. Não ouvir a professora. Os gritos. A bagunça. A vadiagens. As desculpas para se manter longe das aulas. As bolinhas de papel e os aviõezinhos. A praça e a pracinha. Conversar m pouco mais. Os grupos. Os abraços. O final da aula. O final do ano...

É companheirada, a escola dança e como dança...
A brecha da ordem do cotidiano escolar está entre estas coisas aí que a gente pouca valoriza e onde muitas tramas acontecem...


Edmar Galiza

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