domingo, 22 de dezembro de 2013

Teatro de Natal 2013


TEATRO DE NATAL 2013
Direção cênica e texto: Edmar Galiza
Direção musical: Alexa Lang











Personagens
Maria: 
José: 
Pastor 1:
Pastor 2: 
Pastor 3:
Mago 1: 
Mago 2:
Mago 3: 
Anjo 1:
Anjo 2: 
Anjo 3: 
Anjo Gabriel:
Arauto: 
Homem 1:
Homem 2: 
Homem 3:
Hospedagem 1:
Hospedagem 2:
Hospedagem 3:


Inicia o coral cantando ou a orquestra tocando. Neste momento entram os ANJOS NARRADORES em cena.
Anjo 1: Desde o princípio Deus age na História sendo presença viva de amor, de paz e justiça para todos e para todas. O nosso Deus é um Deus humano cheio de vida.
Anjo 2: Natal pode ser uma troca de abraços, de presentes e de felicitações, de coisas simples que vêm do coração. Mas, desde o princípio da cristandade, o Natal é a celebração do nascimento de Jesus Cristo.
Anjo 3: Mais um Natal vai acontecer, mais um natal para ser comemorado. E nós lhes convidamos para festejar o Nascimento do menino Jesus com paz e amor no coração.
Coral
Anjo 1: Era uma vez
Anjo 2: Uma linda história de amor…
Anjo 3: Tudo começou quando Deus decidiu vir à Terra em forma humana e escolheu o modo natural, ou seja, veio como um bebê.
Anjo 1: Deus escolheu um casal para trazer ao mundo uma criança. Os escolhidos foram José e Maria (entra um por vez).
Anjo 2: Então o Anjo Gabriel veio anunciar a gravidez de Maria.
Anjo Gabriel: Não se assuste Maria, eu sou o Anjo Gabriel e eu vim lhe trazer uma notícia: você foi a escolhida para trazer em seu ventre o filho de Deus, a um menino que se chamará Jesus. Maria você será a mãe do próprio Deus.
Maria: Estou aqui, pronta para servir ao meu Deus. Mas como eu poderia estar grávida? Se eu ainda sou noiva de José? Como isso é possível?
Anjo Gabriel: O Espírito Santo virá sobre você e a força do altíssimo lhe envolverá. Maria, para Deus nada é impossível.
Maria: Aqui estou para ser instrumento de Deus.
Anjo 2: A notícia da gravidez de Maria se espalhou naquele pequeno povoado. Maria então teve que explicar a José sobre a gravidez.
MARIA: José, preciso lhe contar algo...
JOSÉ: O que houve Maria?
MARIA: Estou esperando um filho.
JOSÉ: O que? Um filho? Mas como isso pôde acontecer? Nunca imaginei que pudesses me trair Maria...
Anjo 3: Apesar de triste, José era um homem de bem e não querendo difamar Maria, resolveu deixá-la secretamente. Porém, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse:
Anjo Gabriel: José, Filho de Davi. Não tema receber Maria por sua esposa pois o filho que ela espera é do Espírito Santo. Ela dará a luz um filho a quem vocês deverão colocar o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados.
José se levanta e vai abraçar Maria.
ANJO 2: 8 meses depois.
TROMBETAS. ENTRA O ARAUTO
ARAUTO: Atenção, muita atenção todos os habitantes destas terras! O Imperador César Augusto ordena que todos os habitantes de seu império dirijam-se imediatamente à sua terra natal para o recenseamento geral. Todos os homens devem partir com a suas famílias para as cidades onde nasceram. Quem não obedecer a este decreto deverá pagar altas multas ou poderá até ser morto.
Homem 1: Mas o que é isso agora?
Homem 2: Vamos ter que largar o nosso trabalho e ir para as nossas cidades de origem.
Homem 3: Eu não entendi muito bem.
Homem 1: Funciona assim: eu nasci em Jerusalém, então vou ter que ir até lá com a minha família se apresentar para o representante do imperador lá em Jerusalém. Lá vão anotar meu nome, quantos filhos tenho. Tudo isso.
Homem 3: Eu sou de Jericó, quer dizer que eu terei que voltar para lá?
Homem 2: Isso mesmo.
JOSÉ: Maria, temos que partir para Belém, para nos registrarmos.
Maria: A viagem vai ser difícil com a minha barriga assim, pois o parto está próximo.
Orquestra para demonstrar a viagem...
MARIA: Olha José, é Belém!
JOSÉ: Como é bom rever a terra natal.
MARIA : Acho melhor se apressar José. Nosso filho está querendo nascer.
Chegam em uma casa.
JOSÉ: Eu sou José e esta é a minha esposa Maria e viemos para Belém para cumprir a ordem do imperador. Estou muito preocupado porque minha mulher vai dar à luz nesta noite.
HOSPEDEIRA 1: Meu caro José, é época de muito movimento, por causa do recenseamento ordenado pelo imperador. Por isso está tudo lotado, não há mais lugares. Deverão procurar outro lugar para o filho de vocês nascer.
Chegam em outra casa.
HOSPEDEIRA 2: Isso são horas de nos incomodar? Acordaram meus filhos!
JOSÉ: É que minha esposa vai dar a luz...
HOSPEDEIRA 3: E eu com isso? Aqui não é maternidade. Vão mais a frente. Talvez encontrem uma hospedaria.
MARIA: Ó meu Deus! Pelo menos um cantinho, qualquer lugar serve...
JOSÉ: Vamos Maria..
Chegam na terceira casa.
HOSPEDEIRA 3: Não insistam, pois não há lugar, não posso fazer nada.
MARIA: José, já andamos muito e não encontramos lugar para ficar. Onde iremos para o nosso filho poder nascer? Não há lugar nas hospedarias e estou muito cansada para procurar outro lugar!
José: Calma Maria, fique tranquila que eu encontrarei um lugar para que possamos ter o nosso filho.
Apagam-se as luzes e neste meio tempo faz o presépio.
Anjo 1: Quando Jesus nasceu, um anjo apareceu para os pastores que estavam ali perto e anunciou o nascimento do Salvador.
Anjo 2: Os pastores de Belém, foram os primeiros a saber do nascimento de Jesus. Os pastores eram pessoas humildes.
ANJO 3: Foram estes trabalhadores humildes que foram os primeiros a saber, o propósito disto é que Deus quer reafirmar que ele veio para todo e para todas.
ANJO 1: Também veio para os que não são valorizados e valorizadas ou são excluídos da sociedade.
Os pastores
Primeiro pastor: Eis aqui, o menino, o menino Deus deitado na manjedoura junto aos seus pais Maria e José. Logo imaginamos que esta criança deveria ser especial. Uma criança divina. Um rei, um príncipe.
Segundo pastor: É o Salvador do mundo. A prova de que Deus veio para todos está aqui, pois o Senhor permitiu que Jesus nascesse numa estrebaria, em um lugar tão humilde! Não duvidamos nem um pouco de que ele mereça todo o nosso respeito
Terceiro pastor: Um lugar pobre que serve para abrigar animais.Bendito o que vem em nome do Senhor. Nunca cansaremos de glorificar o pequenino Jesus. Vamos anunciar a boa nova para todo mundo.
ANJO 2: Ao nascer o Salvador, as estrelas estavam todas brilhantes, mas uma estrela brilhava muito mais do que as outras. Era a estrela do oriente.
Mago 1: Onde está a criança, a enviada?
Maria: Não tenha medo de nós. O menino está aqui.
Mago 1 – Nós somos magos. Estudamos as estrelas. Vimos nas noites estreladas um sinal. Apareceu uma estrela mais brilhante do que todas.
Mago 2 – Certamente um sinal de que algo de grandioso estava para acontecer. Não sabíamos o que poderia ser. Mas, nós, os três, resolvemos seguir a estrela.
Mago 3 – Viajamos pelo deserto por dias. Finalmente a estrela parou em Belém e iluminou o lugar onde uma criança havia nascido.
MAGO 1: Aceite, Rei Eterno e Maravilhoso, minha vida e meu coração! Você é amor. Vou lhe louvar porque ensina a amar. (Ajoelha-se.)
MAGO 2: Conselheiro de todas as pessoas. Deus forte, Deus poderoso! Quero lhe servir e somente lhe adorar. (Ajoelha-se.)
Magos, pastores e anjos
MAGO 3: Pai da eternidade, Príncipe da Paz, governante justo e amoroso. A você rendo louvor, meu Rei e Senhor. O próprio Deus. (Ajoelha-se.)
Anjo 3: O que importa é que Jesus é Deus feito gente como nós. Veio para se colocar ao nosso lado e não contra nós.
Anjo 2: Agora, estamos reunidos em torno do presépio, recordando o nascimento de Jesus. É Natal. Tomamos em nossas mãos a imagem deste Menino. A bondade e o amor de Deus se manifestaram.
Anjo Gabriel: Embora Cristo nasça mil vezes em Belém. Se ele não nascer em teu coração, o natal não fará qualquer diferença em sua vida e poderá ter um sentido vazio.
José: O evangelho de João anuncia a vinda de Jesus com estas palavras: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Pai, cheio de graça e de verdade. E aqui está Jesus, Filho de Deus, Salvador. (Todos se ajoelham)
Maria: Este menino está vivo entre nós, e Ele nos diz: NÃO TENHAM MEDO, EU VENCI O MUNDO. A sua presença nos enche de fraternidade e amor. E este é o espírito de Natal. O amor. 


Todos: coro e teatro

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Natal Zaffari





Como sou um dos que ficam ansioso para ver a propaganda do Zaffari, não conheço muito de Brasil e muito menos de publicidade e propaganda, mas os institucionais do Zaffari/Bourboun matam a pau. São produções muito bonitas e tocantes.
Separei algumas de natal, mas o institucional deles também são para o dia das mães, dos pais, semana farroupilha, aniversário de Porto Alegre e ainda há os "avulsos" como a homenagem aos 100 anos para o poeta Mario Quintana...
Aí está a busca que fiz. Não encontrei tudo, mas acho que tem um bom apanhado.
Ah,,, antes que eu me esqueça FELIZ NATAL

Natal 2013


Natal 2011/2012


Natal 2009/2010



Natal 2007/2008


Natal 2005.


Natal 2002


Natal 1996
http://www.youtube.com/watch?v=ob18MudIgo4



Natal 1994
http://www.youtube.com/watch?v=shZtUsJ-iac

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Teatro Mágico de Oz


Este Mágico de Oz é um que eu tenho como base, a partir dele vou desdobrando outros Mágico, vou adaptando. Nos últimos três anos montei este espetáculo 5 vezes, é o que mais montei. 
Obs.: eu sempre passo para os alunos o filme de 1939, que é um marco na história do cinema. Eu não assisti com eles o Poderoso Oz, mas é bom para que eles percebam que há várias formas de fazer adaptação e recontar as histórias.
Outra coisa que é bom fazer é ler as cenas com os alunos e pedirem para eles improvisarem, rende muito e só depois tentem decorar o texto.
Aqui tenho duas montagens. Uma da escola Aroni Mossmann e a outra da Ildo Meneghetti... Todos de 2012


O MÁGICO DE OZ

Adaptação Edmar GALIZA


Dorothy:
Bruxa Boa:
Bruxa Má: 
Mágico de Oz: 
Espantalho:
Homem de Lata: 
Leão: 
O Duende:
Duendes:
Tia Em:
Tio Hary:





Barulho de Ventania. Pessoas passam correndo.
Tio Harry: Vem aí um ciclone, Ema! Vou cuidar do gado.
Tia Ema: Depressa, corra Dorothy!
Apagam-se as luzes, continua o barulho de vento. Ao acender as luzes aparece Dorothy sentada no chão.
Aparecem dois Duendes e uma mulher mais velha, a Bruxa Boa.
Bruxa Boa: Bem-vinda à terra dos Comilões, belíssima feiticeira. E estamos muito contentes pelo fato de você ter matado a Perversa Fada do Leste
Dorothy (sem entender): A senhora é muito gentil, mas tem algo errado, pois eu não matei ninguém, aliás, eu sou incapaz de matar alguém.
Bruxa Boa: Pode não ter sido você, mas foi sua casa que caiu em cima dela; o que dá no mesmo.
Duende: Olhe ali! Há dois pés aparecendo por baixo da casa. (Apontando para fora do cenário).
Dorothy: Meu Deus, é verdade, estou vendo dois pés calçados em sapatinhos prateados. Quem era ela?
Bruxa Boa: A Perversa Fada do Leste. Ela dominou por muitos anos esta terra, a terra Comilões. Agora eles estão livres e querem lhe agradecer por este enorme favor.
Duende: Eu agradeço pelos Comilões, os habitantes desta terra. (Beija a mão de Dorothy).
Dorothy (para a Bruxa Boa): A senhora também é uma comilona?
Bruxa Boa: Não, eu sou amiga deles. Sou a Bruxa Boa. Quando eu soube que a Perversa Fada do Leste morrera, vim correndo para cá. Eu sou a Glenda, Bruxa do Norte.
Dorothy: Que estranho! Nunca ouvi falar em Bruxa boa. A senhora é uma bruxa de verdade?
Bruxa Boa: Somos 4 bruxas: duas delas, a do Norte e a do Sul, são boas; as que viviam no Leste e no Oeste eram Bruxas más. Agora que você matou uma delas, há apenas uma Bruxa Má em toda a Terra de Oz: a Bruxa do Oeste.
Duende: E você menina, quem é?
Dorothy: Eu sou Dorothy e moro no Kansas, com a minha tia Ema e tio Hary. Eu achava que Bruxas, fadas e duendes não existissem.
Duende: Não sei onde fica o Kansas nem nunca ouvi falar desse lugar antes. Mas diga-me: é um lugar civilizado?
Dorothy: É sim!
Duende: Então é por isso que você não acredita em Bruxas, fadas e duendes. Nos lugares civilizados não há mais fadas, nem feiticeiros, nem bruxas, nem mágicos. Mas a Terra de Oz está apartada de toda civilização. Portanto, aqui ainda há fadas e mágicos. O mais poderoso de todos é o Mágico de Oz, que vive na Cidade das Esmeraldas. É mais poderoso que todos os outros reunidos.
Bruxa Boa: Olha lá, a Bruxa Má se evaporou, ficou apenas os sapatos delas. (Vai lá e busca os sapatos). Esses sapatos agora são seus. Eles possuem poderes secretos.
Dorothy: Não quero sapato nenhum, na verdade quero voltar para a minha casa no Kansas. Vocês podem me ajudar a encontrar o caminho?
Bruxa Boa: Faça o seguinte, vá à Cidade das Esmeraldas. Talvez o grande Oz possa lhe ajudar.
Dorothy: Este tal de Oz é um homem bom?
Duende: O grande Oz é um grande mágico. Se ele é um bom homem, eu não sei te dizer, porque nós jamais o vimos.
Dorothy: E como posso chegar até este mágico?
Bruxa Boa: Você tem que andar muito. É uma grande caminhada através de uma região cheia de surpresas e perigos.
A fada beijou carinhosamente a testa da menina
Bruxa Boa: A estrada que conduz à Cidade das Esmeraldas é coberta de tijolos amarelos, deste modo não pode enganar-se. Se chegar a ver Oz, não tenha medo dele. Conte a ele toda a sua história e lhe peça ajuda. Adeus, querida.


CENA 3: O Espantalho

Espantalho em cima de uma cadeira. Ela está andando pela estrada. E o Espantalho começa a “brincar” com ela.
Espantalho: Oi.
Dorothy fica procurando quem falou.
Espantalho: Oi. Bom-dia.
Dorothy (meio assustada): Você falou?
Espantalho: Claro que sim. Como está você?
Dorothy: Muito bem, obrigada. E você, como vai?
Espantalho: Eu não me sinto nada bem. Não é nada divertido passar dias e noites preso para espantar as aves. Sem poder descer. Você poderia me fazer um favor, me desprender.
Dorothy ajuda a tirar o espantalho da cadeira.
Dorothy: Pronto.
Espantalho: Muito obrigado! (Andando de um lado para o outro). Uhnnnn, já me sinto um outro homem. Quem é você e o que faz por aqui?
Dorothy: Eu me chamo Dorothy e estou a caminho da Cidade das Esmeraldas. Vou pedir ao Grande Oz que me indique o caminho para eu voltar à minha casas, no Kansas.
Espantalho: Onde fica a Cidade das Esmeraldas e quem é o Grande Oz?
Dorothy: Você não sabe?
Espantalho: Não (pensa um pouco), eu acho que não (pensa outro pouco), juro que não. Na verdade, eu ignoro tudo, nunca sei de nada porque sou feito de palha e não tenho cérebro. Eu não sei de nada. Não posso pensar.
Dorothy: Oh! Coitado, sinto muito!
Espantalho: Se eu fosse à Cidade das Esmeraldas com você, seria possível que o Grande Oz me desse um cérebro, nem que seja um cerebrozinho bem miudinho?
Dorothy: Não lhe posso garantir, mas vamos assim mesmo, você não terá nada a perder, não é mesmo?
Espantalho: É verdade. Para mim não é problema se as minhas pernas ou o resto do meu corpo sejam feitos de palha. É até bom, assim não me machuco. Já a cabeça é diferente. Como poderei pensar ou saber alguma coisa se tenho palha no lugar dos miolos. Não tenho cérebro.
Dorothy: Se você quiser vier comigo, pode ser que eu consiga que o Grande Oz faça alguma coisa por você. Vamos juntos para a cidade das Esmeraldas. Não precisa ter medo.
Espantalho: A única coisa que eu temo é um fósforo aceso, porque se vem uma faísca de fogo em mim, cabummmm, La se vai eu, viro so em cinzas e fumaça.

CENA 4 – O salvamento do Lenhador de Lata

Quando os dois estavam andando pela floresta, começaram a ouvir gemidos.
Dorothy (meio assustada): O que será isso?
Espantalho: Não posso imaginar, mas podemos ver de onde vem o barulho.
Ouviram outro gemido por detrás deles. Deram alguns passos e encontraram alguma coisa que brilhava.
Dorothy: Foi você quem gemeu?
Homem de lata (falando tristemente): Fui eu mesmo. Estou gemendo há mais de um ano, mas ninguém até hoje me veio socorrer.
Dorothy: Coitadinho, posso fazer alguma coisa por você?
Homem de lata: Em minha casa, naquela cabana (tenta mostrar com a cabeça e gemendo) tem uma lata de óleo, com ela, voces podem lubrificar minhas juntas. Com elas lubrificadas eu posso me mexer de novo.
Os dois saíram para buscar a lata de óleo.
Espantalho: Onde ficam as suas juntas?
Homem de lata: Passe o óleo em tudo, comece lubrificando meu pescoço.
Aos poucos ele começava a ser mexer. O Espantalho so observava.
Homem de lata: Muito, muito obrigado, se se não fossem vocês, eu, provavelmente, passaria o resto da minha vida a segurar o machado, no mesmo lugar e na mesma posição, mas mudando de assunto, me digam uma coisa: como é que vocês vieram parar aqui?
Dorothy: Nós vamos à Cidade das Esmeraldas, falar com o Grande Oz.
Homem de lata: E o que é que vocês querem com o Grande Oz?
Dorothy: Eu quero que ele me mande de volta para o Kansas.
Espantalho: Eu desejo que ele lhe dê um cérebro.
O Lenhador pensou um instante e perguntou:
Homem de Lata:Você acha possível que Oz me dê um coração?
Dorothy: Suponho que sim, se ele der um cérebro para o Espantalho, o Grande Oz também pode lhe dar um coração.
Homem de Lata:— É verdade, eu posso ir com vocês?
Espantalho: É claro!!!
Dorothy: Sim, sim, sim...
Os três saíram andando e cantando, de repente o Espantalho tropeçou numa pedra e caiu.
Espantalho: Ai meu Deus, socorro, socorro.
Homem de Lata: Por que você não desviou da pedra?
Espantalho: Porque eu não penso muito bem. Como você já deve ter notado, minha cabeça é feita de palha e é por isso que eu vou pedir a Oz que me dê um cérebro. E você tem cérebro?
Homem de Lata: Não. Minha cabeça é completamente oca (bate na cabeça). Mas eu possuía um cérebro e um coração. E, por ter experimentado os dois, é que prefiro o coração.
Espantalho: Por que você prefere o coração ao cérebro o Espantalho insistisse em saber qual a razão da sua preferência pelo coração?
Homem de Lata: Eu iria me casar, estava muito apaixonado. A minha namorada era uma comilona. Ela morava com uma velha senhora. Quando a Bruxa Má do Leste soube disto, ela me enfeitiçou. Para que eu não pudesse trabalhar ela foi cortando cada parte do meu corpo e eu fui substituindo por uma lata. Ate que aos poucos fui substituindo tudo, ate ficar como estou hoje. A conclusão em que cheguei eh de que o que bem mais precioso que um ser humano tem é o seu coração. Enquanto estive apaixonado, fui o homem mais feliz dos homens. É por essa razão que estou resolvido a pedir a Oz que me de um coração novamente.
Espantalho: Muito triste a sua historia, mas mesmo assim, eu continuo preferindo um cérebro. Um tolo como eu nem saberia o que fazer com o coração.
Homem de Lata: Eu prefiro o coração, porque a inteligência não faz a felicidade de ninguém e a felicidade é a única coisa que importa neste mundo.
Dorothy: O que ela queria era voltar para casa, para junto da tia Ema e do tio Henry. Mas vamos continuar andando, a procura de Oz.

CENA 5 — O Leão Covarde

Quando eles estavam andando pela floresta, uma fera apareceu e os assustou. O Homem de Lata e o Espantalho foram arremessados a metros de distância.
Dorothy (dando uma pancada no nariz do Leão):Não se atreva a machucar meus amigos.
Leão: Me desculpe, eu não queria machucar ninguém, eu estava com muito medo, por isso pulei em cima de vocês. Fiquei com muito medo, medo de me machucar. Eu sou muito medroso.
Dorothy: O que é que faz você ser assim tão covarde?
Leão: Eu não sei, é um mistério. Acho que nasci assim. Todos na floresta acham que eu sou corajoso, porque sou um leão. Ainda bem que quando eu rujo, todos fogem de mim, mas se algum dia alguém ou algum animal foi me enfrentar, eu que vou fugir, porque sou muito medroso.
Espantalho: Mas isto não está certo. O rei dos animais não devia ser medroso.
Leão: Sei muito bem disto, (chorando). Mas sempre que sinto o menor perigo, meu coração dispara.
Homem de Lata: Pode ser que você tenha alguma lesão no coração, e se for isto, você deve ficar contente, pois isso prova que você tem um coração.
Espantalho: Nós iremos ver o Grande Oz, eu vou pedir um cérebro.
Homem de Lata: E eu um coraçãor.
Dorothy: E eu que ele me mande de volta para Kansas.
Leão: Vocês acham que o Grande Oz me daria coragem?
Dorothy: É bem provável que sim.
Leão: Então, eu vou com vocês, porque a minha vida está insuportável sem um pingo de coragem.
Eles continuaram seguindo o caminho. No meio do caminho aparece uma Bruxa.
CENA 6 – O aparecimento do Bruxa
Dorothy: Quer dizer que foram vocês que mataram a minha irmã? Vão pagar muito caro.
Leão: Ai, minha nossa senhora do Perpétuo e Socorro, me salve (e sai correndo).
Espantalho e Homem de Lata ficam fazendo o sinal da cruz.
Dorothy?: Foi sem querer que eu matei a sua irmã. A minha casa caiu em cima dela.
Bruxa: Não me importa, o que eu quero são os sapatinhos prateados. Agora!!! Ouviu! Quero agora!
A bruxa Perversa se atirou nos pés da Dorothy, o Espantalho pegou um balde de água e jogou na Bruxa.
Bruxa: Olha o que você fez seu estúpido. Agora vou desaparecer e evaporar... Esta nãaaaoooo...
A Bruxa saiu de cena.
Dorothy: Como vocês sabiam que água faria a Bruxa desaparecer?
Espantalho: Há mais coisas entre o céu e a terra do que você possa imaginar, menina!
Leão: Eu nunca senti tanto medo na minha vida. Jesus amado.
Homem de Lata: Olha lá, daqui já podemos ver o castelo do Grande Oz.

CENA 7 - Oz, o Terrível



Guarda 1: O quê?! Vocês por aqui? A Fada Perversa permitiu que vocês escapassem?
Homem de Lata: Ela não pode fazer nada.
Leão: Nós a destruímos.
Guarda 2: Então, se é assim, comprovaram que são muito fortes. Podem entrar.
Os guardas os conduziram para dentro do castelo.
Dorothy: Onde está você?
Oz:— Em toda parte, mas para os olhos dos pobres mortais, sou invisível.
Dorothy: Queremos que o senhor realiza nossos desejos, nos falaram que o senhor é o maravilho.
Leão: Poderoso.
Homem de Lata: O terrível.
Espantalho: O grande Oz.
Oz: O que vocês querem de mim
Dorothy: Eu quero ir para casa.
Leão: Eu quero ser corajoso.
Espantalho: Eu desejo ter um cérebro.
Homem de Lata: E eu desejo ter um coração.
Oz: Deixem-me em paz e voltem para a vidinha de vocês. Eu não vou lhes ajudar.
Eles estavam saindo derrubaram o biombo e o mágico apareceu. (antes era só a voz dele).
Dorothy: Quem é você?
Oz: Sou Oz, o Grande e Terrível. Não me batam, por favor; farei tudo o que vocês quiserem.
Dorothy: — Pensei que Oz fosse uma cabeça.
Espatalho: E eu pensei que Oz fosse uma linda senhora.
Homem de Lata: E eu, que fosse uma fera terrível.
Leão: E eu, uma bola de fogo.
Oz: Como vêem, estão todos enganados. Estive fingindo o tempo todo.
Dorothy: — Fingindo?! Você não é um grande mágico?
Oz: Não. Não passo de um homem comum.
Espantalho: Não passa de um trovador.
Leão: Você devia se envergonhar de ser um charlatão.
Oz: Na verdade eu me envergonho.
Espantalho: Então, quer dizer que você não pode me dar um cérebro?
Oz: Não há necessidade. Você adquire novos conhecimentos todos os dias.
Espantalho: Pode ser que isso seja verdade, mas eu ficarei muito infeliz se não conseguir um cérebro.
Oz: Bem, sente-se aqui. Eu não poderei separar a sua cabeça do seu corpo, mas posso fazer algo. (começa a mexer na cabeça do Epantalho). Daqui por diante você será um grande homem.
Espantalho: Muito obrigado,
Dorothy: Como se sente?
Espantalho: Sinto-me muito inteligente.
Oz: Agora, você terá que descobrir como usá-lo por si mesmo.
Espantalho: Eu descobrirei como usá-lo, não se preocupe.
Leão: E quanto a minha coragem?
Oz: Espere um pouquinho (busca um suco). Você tem muita coragem. Tudo o que você precisa é confiança em si. Todo ser vivo sente medo. Coragem consiste em encará-lo mesmo quando se tem medo. E este tipo de coragem você tem de sobra.
Leão: Me sinto o ser mais corajoso (ruje).
Homem de Lata: Bem, agora é a minha vez. Eu quero um coração.
Oz: Espera um pouco (busca um coração e prega no peito dele).Não é bonito?
Homem de Lata: Muito. Mas é um coração bondoso?
Oz: Oh, sim! Muitíssimo bondoso!
Homem de Lata: Já sinto meu coração palpitar. Muito obrigado. Estou amando.
Dorothy: E eu? Como voltarei para o Kansas?
Oz: Assim como os seus amigos tiveram que aprender a acreditar em si mesmos, você também terá que acreditar em você, acreditar em seus sentimentos e ter autoconfiança. O que todos nós mais precisamos está dentro de cada um de nós mesmos... Pode ter fé nisto, menina.

Dorothy (batendo os sapatinhos): Não há lugar melhor do que o nosso lar, não há lugar melhor do que o nosso lar..